AMIGOS

Pessoal tenho tanto para contar, vamos começar com o meu 7 de setembro. Para aqueles que pensaram que não iria comemorar a independência do Brasil, muito se enganaram. A embaixada do Brasil organizou uma festa na National Galery, um dos prédios mais chiques daqui. É uma galeria de arte que eu amo, com muita arte canadense e européia. No convite, pediram para vestirmos traje de passeio completo, ou seja, todo mundo chique.

Tudo estava belíssimo, os convidados, a decoração, as bebidas, comidas e sobremesas. Contudo, não posso dizer que a comida estava boa, os bolinhos de queijo estavam tão duros que um mineiro jamais admitiria chamá-los de pão de queijo. Mas eu estava tão faminto, que tomei com suco para conseguir descer. Era a única coisa que eu comia, o resto era tudo com carne, exceto uns canapés com cogumelos e uma tortilha de queijo com creme de pistache. O embaixdor falou bastante do Brasil, nossa economia, etc. E cantamos o hino brasileiro, junto com o hino da independência (confesso que nunca tinha ouvido antes). E para fechar a festa, a nossa banda, a roda de samba, tocando o melhor do nosso maravilhoso samba, não vou nem falar que dancei até o final. 

Esta semana começou a esfriar, as folhas estão começando a ficar laranja e não mais verdes, sinal de que está chegando o outono aqui, tá um frio gostoso por enquanto, parece quando o ar condicionado está no máximo. Mas para minha pele nordestina, frio! Resultado, gripe! E sabe o que eu descobri, todo mundo fala que só conhecemos os verdadeiros amigos quando precisamos. Eu interpreto de outra forma, quando precisamos é que vamos o quanto estamos rodeados de pessoas maravilhosas, que nos amam e se preocupam conosco. Desde que tinha chegado, nunca tinha sido tão chalerado, recebido tantas ligações, remédios e conselhos de todos os meus amigos aqui e claro no Brasil (família e amigos maravilhosos). Nesse momentos é que tenho a certeza que fazer o bem sempre, sem olhar a quem e sem esperar retorno faz a nossa vida tão melhor. A gente perde tanto tempo com coisas tão pequenas. VIVA LA VIDA!